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Local: Niterói, Brazil

terça-feira, abril 25, 2006

Aventureiros


Essa foi uma das nossas várias histórias de viagem... vale a pena recordar... alguns dos nossos padrinhos fazem parte do elenco desta aventura...
"Já havíamos pensado em ir para Ilha Grande por duas vezes. Por motivos de falta de tempo, vestibular e grana apertada, a viagem sempre furava. Porém, dessa vez a coisa era pra valer. Eram 14 pessoas determinadas a ir para Ilha Grande. Por motivos de força maior, fomos em dois grupos: Gaby, Marianna, Luciana (e namorado), July, Evelyn (e namorado), Drika, Tati, Milena e Roberta (amiga de July), foram na sexta-feira de carnaval. Com uma rápida baldeação por Angra dos Reis, logo chegaram na Ilha. Mas você deve estar se perguntando : “E eu com isso?! Cadê a aventura?!” Bem, é que ainda falta falar do segundo pelotão. É agora que a aventura começa....

Sábado, 4 de março de 2000:

Bruno, Mellina e eu partimos para a rodoviária do Rio de carona com Claudenice (coitada, pegou um baita engarrafamento na ponte na volta pra Niterói!!). Nosso ônibus estava marcado para às 05:30. Tínhamos bastante tempo.... P.S. Os rapazes comeram PIZZA PORTUGUESA de café da manhã!!!

1o. Obstáculo: A partida
A nossa rota era um pouco diferente. Íamos para Mangaratiba, para de lá pegarmos uma embarcação para a Ilha. Os ônibus para Mangaratiba estavam chegando com um atraso de 10 minutos. O nosso, chegou com um atraso de 60 minutos.

2o. Obstáculo: A viagem
No caminho, que era para ser feito em 1h. e 30 min. aproximadamente, esbarramos com alguns engarrafamentos monstros causados por blitz policiais de um único carro, mas que ocupavam metade da estrada. Bem, para resumir, chegamos em Mangaratiba completamente esfomeados, cerca de 5 horas depois. Detalhe: o motorista bateu num carro na frente e ainda trancou todos os passageiros dentro do ônibus!

3o. Obstáculo : Mangaratiba
A barca para Abraão ia sair em uma hora. Fomos tentar conseguir um barco direto para Aventureiros (nosso destino na Ilha). Encontramos com alguns Idio...( quero dizer, pessoas de pouca ou nenhuma coerência ), que estavam no cais tentando conseguir juntar uma cambada de pessoas para lotar um barco, e assim fretá-lo (já estavam lá faziam 3 horas). Convencidos a nos juntar ao grupo de umas 18 pessoas ( 25 na conta deles ), nos decepcionamos 3 vezes num período de mais ou menos 50 minutos com fracassos na negociação com os barqueiros.
Eis a nossa situação: estávamos com dinheiro, sem fogareiro, sem barraca, sem transporte, ficando muito preocupados, e o pior de tudo... num fim de mundo! Tínhamos que chegar na Ilha ainda de dia, ou então o pessoal ia ficar preocupado (fora que a gente não ia ter onde dormir, nem como se comunicar com a galera da Ilha). Descobrimos que ninguém em Mangaratiba ia se arriscar a levar-nos para Aventureiros, só à Abraão, devido a distância e ao tipo de maré. Decidimos ir para Angra (onde seria mais fácil ir direto para Aventureiros), pois não podíamos correr o risco de ficarmos “ilhados” em Abraão (recebemos a informação de que não conseguiríamos barco de Abraão para Aventureiros naquele dia). Fretamos uma van por seis reais a cabeça, a qual teve de ser cancelada porque aquele grupinho de “25 cabeças”, que agora eram 15, era composto por nós três mais doze que estavam juntos, de carro, e pouco se lixando pra gente.

Era a hora da ação. Fomos cuidar das nossas vidas. Nós três pegamos uma van por apenas R$1,00 , que iria nos deixar no meio de uma estrada por onde passavam ônibus para Angra. Foi nessa hora que o destino resolveu nos dar uma mãozinha: um dos passageiros nos disse que isso era furada porque os ônibus que iam passar viriam lotados, e incentivou-nos à ir para Jacareí (onde?), onde seria mais fácil pegar um ônibus para Angra. De repente o motorista da nossa van para, desce, vai numa outra van do outro lado da rua, conversa, volta e diz que tá tudo acertado com o outro motorista, que vai nos levar para Jacareí. Descemos, e quando olho, o primeiro motorista dá no pé. Perguntamos sobre quem vai nos levar. Resposta: Ninguém! Tomamos calote! Pegamos uma carona com outra van, de volta para Mangaratiba (UGH!). Foi quando encontramos com o motorista pilantra, e Bruno foi “conversar” com ele. Tudo na paz, podem acreditar! Como somos vans-fanáticos, pegamos uma que acabara de chegar, até Jacareí.

Uma vez em Jacareí, pegamos o ônibus para Angra. Não faltava acontecer mais nada.... Será? Bem, o motorista não sabia o caminho e teve de ser guiado por um dos passageiros. Detalhe: estava escrito num cartaz fixado dentro do ônibus : “Srs. passageiros: Para a sua segurança os nossos motoristas estão sendo treinados periodicamente.”

4o. Obstáculo : A viagem de barco
Em Angra, conseguimos barco fácil para Aventureiros ( furamos fila meio que sem querer, mas com muito orgulho – passamos a frente dos nossos 12 “ amiguinhos ” de Mangaratiba ). Uma tranquilidade enchia nossos pulmões. Não havíamos almoçado direito, estávamos cansados, atrasados, mas a caminho e na reta final! Não podia acontecer mais nada! Mas aconteceu. O nosso “comandante” ( leia-se “piloto”) foi se mostrar e acabou batendo o casco numa pedra, que por pouco não pegou a hélice. Bem, ainda estamos aqui. Foi só um susto. Detalhe: A embarcação era praticamente “do tamanho de uma banheira” (não era só o tamanho que a fazia = a uma banheira, a qtde de água que tinha nela tb ajudava bastante nessa comparação!), e estava balançando numa inclinação tal, que não seria de se estranhar se ela virasse numa onda um pouco maior.

5o. Obstáculo : Encontrar o “1o. pelotão”

Eram por volta das vinte horas, estávamos bem atrasados, e descobrimos a “teia” de campings em Aventureiros. Depois de meia hora de busca, e lá pelo 5o. camping, o destino nos deu mais uma mão (foram muitas!) e de repente achamos o resto do pessoal, bem na hora do jantar! Passado todo o mal estar, toda a preocupação, todo o nervosismo, finalmente parecia que teríamos paz e tranquilidade.... mas não contávamos com o último e mais temido obstáculo....

6o. Obstáculo : Bruno
Dois dias depois, Bruno resolveu ir até Angra para telefonar ( programa de índio ). Combinou com o barqueiro uma ida e volta por uma só passagem. Não quis levar dinheiro para uma emergência, só o essencial (Atenção: Crianças, não tentem fazer isso! Bruno é um escoteiro matuto e com anos de treinamento em sobrevivência na selva utilizando apenas seus três inseparáveis canivetes). Bem, o tempo fechou e o barqueiro não honrou o acordo. Por sorte, Bruno conseguiu outra embarcação, só que o piloto teve de deixar Bruno em outra praia ( Praia Vermelha ), pois o mar estava muito agitado. Bruno então resolveu ir andando até uma outra praia (Provetá), onde filou uma pousada para passar a noite. No dia seguinte, ele andou até Aventureiros, trazendo dois litros de leite, bombons ( ambos comprados em Angra ), e um pé horroroso, fruto de ter ficado molhado o dia inteiro. Detalhe: Em Provetá (30 minutos de barco de Aventureiros) tem telefone, fato desconhecido até então.

6o.½ Obstáculo : Bruno, a missão
Alguns de nós resolveram fazer umas trilhas. Numa delas, Bruno foi na frente da galera, e eu era o último da fila. De repente vem Bruno gritando:

- Corre ! Corre ! Tá cheio de abelha aqui!
Bem, Bruno ganhou três picadas no braço e uma na perna, algumas das quais devido à eu ter ficado insistindo para a gente pegar a trilha ao lado, impedindo a correria generalizada ( foi mal Bruno )!

No mais, alguns enjôos na viagem de barco de volta e.... um carnaval inesquecível!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Aháááááá!!!! PRIMEIRÃO, já que santo de casa não conta, certo Davidovich?!

Meninos, adorei a idéia e quero dizer-lhes (mais uma vez!) como fiquei feliz por ser um dos escolhidos. Amém!

Beijão saudoso do multipadrinho,


Marcello

quinta-feira, 27 abril, 2006  

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